Um primeiro disco bem recebido pela crítica e pelo público termina por gerar a temida expectativa pelo segundo trabalho que passa a ser uma prova de fogo decisiva na consolidação na carreira de qualquer artista. Muitos conseguiram e muitos viram seus sonhos se esfalerarem. Com Maria do Céu Whitaker Poças, ou simplismente Céu, não foi diferente. Seu primeiro albúm Céu de 2005, arrebatou o coração de críticos mundo afora que se derreteram em elogios a moça que conseguiu a proeza de estar na primeira posição nos rankings "Heatseekers (new artist)" e "World Music", e na posição 57 do "Hot 100", todos da Billboard alcançando a mais alta posição nas paradas dos EUA por uma artista brasileira, desde Astrud Gilberto com "Garota de Ipanema", em 1963. E eis que em 2009, a nossa amada Céu deu a cara a bater passando pela temida prova do segundo albúm. E com louvor. Vagarosa, ao meu ouvir conseguiu mostrar-se superior ao primeiro cd, revelando uma céu intensa e original, que apropria-se com vigor e frescor da liberdade criativa para produzir uma sonoridade que entoa notas oníricas que atingem o objetivo do álbum em ser vagaroso, porém não demasiadamente lento e cansativo. Céu brinca com as palavras fazendo de cada música um enredado que se confude com os arranjos, tornando cada faixa com sua própria única, o que permitiu com que o disco não caísse no pior erro, pelo menos ao meu ver: de ser uma profusão de arranjos modernos misturados com elementos brasileiros em um típico produto para gringo apreciar. Vagarosa, é autorau, é pessoal, é fruto do amadurecimento de Céu como artista e a prova de que ainda produzimos música de qualidade.
ahh muito bom, adoro esse CD.
ResponderExcluirlink quebrado =/
ResponderExcluir