quarta-feira, 1 de junho de 2011

Parabéns Norma Jean - Parabéns Marilyn Monroe


Talvez se falarmos de Norma Jean Mortensen algumas pessoas pensem que estamos nos referindo a uma mera mortal. Se você pensou assim enganou-se. Norma é o nome de batismo da deusa platinada que conquistou Hollyoowd, fez presidentes caírem de amor por ela, tornou-se ícone da cultura pop sendo referência para muitas que viera depois dela. Se hoje garotas do mundo todo sabem que diamantes são os seus melhores amigos, devem isso a Norma Jean ou a Marilyn Moonroe como ficou conhecida. Mas será que Marilyn só deixou como legado a lição de que beijos não pagam o aluguel nem compram a comida do gato? arrisco-me a dizer que não. Nesse 1º de junho dia em que faria 85 anos, podemos depois de refletirmos que a loira sensual que para muitos era apenas um rostinho bonitinho foi mais além. Marilyn soube beneficiar-se de sua auto-imagem para construir um ícone e dar-lhe sustentação em um meio onde talento, mesmo nem sempre sendo fundamental, tranformava meras mortais em representantes das angústias, alegrias, sofrimentos e esperanças de quem as viam. 

Propositalmente ou não, a persona sensual a qual Norma Jean se vestia, não beirou a vulgaridade. Na verdade tal persona parece ter lhe servido como uma válvula de escape. Um contraponto. A dominadora loira arrasa-quarteirões que só precisava estalar seus dedos para que qualquer homem caísse aos seus pés, encobria a solitária Norma que vivia em busca do verdadeiro amor. Eram portanto duas pessoas diferentes que pareciam não se misturarem, assim como o a água e óleo, porém se completavam como um ing ang. Marilyn dizia quem quando não estava diante dos olhos do público era simplismente Norma. A persona pública não invadia sua privacidade, diferentemente de seus problemas pessoais, Tony Curtis disse em uma entrevista ser impossível filmar com ela, por não decorar suas falas e chegar atrasadíssima ao estúdio deixando Billy Wilder, diretor de Quanto mais quente melhor a ponto de enfartar. Muitos biográfos acreditam que estes problemas e muitos outros que assombravam Marilyn eram fruto das angústias de Normas. Mesmo como óleo e água, Norma e Marilyn acabavam por vezes se misturando. Norma casou-se pela primeira vez com Jimmy Dougherty, de 21 anos. Segundo Jimmy, ela era uma menina doce, generosa e religiosa e que gostava de ser abraçada. Em 1944 Jimmy, que havia entrado para Marinha foi transferido para o Pacífico Sul só retornando em 1946 mesmo ano em que se separaram e em que Norma assinou seu primeiro contrato.
Estava dado o ponta-pé para que Marilyn viesse ao mundo. Casou-se mais duas vezes e viveu um tórrido romance com o preside Kennedy. Porém Norma, não sabia se os homem desejavam a ela ou a Marilyn. Talvez por isso tenha dito que os homem não a viam só a olhavam. Parecia que a válvula de Norma voltara-se contra si. A fama e o status não lhe trouxera o que mais desejava: não sentir-só. Norma parecia não suportar mais e em 5 de agosto de 1962 foi encontrada morta, devido a uma overdose de barbitíricos. Já Marilyn parece não ter morrido. 
Chegamos ao final nos questionado se Marilyn sobrepujousse a  Norma. Talvez não, assim penso. Como penso também que devemos ver ambas como caras-metade, que se complementam. Aprendemos que nem sempre o que vemos por fora reflete a realidade interna. A Marilyn desejável talvez tenha sido a forma que Norma criou para fugir de seus medos e inseguranças. Alguns podem pensar que ela foi inventada pela indústria cinematográfica. Defendo que Norma inventou Marilyn. Se teve êxito com sua criação, é preciso se pensar mais e chegar a conclusões individuais. Como também precisamos encontrar nossos contra-pontos sempre lembrando que nem sempre eles solucionam nossas vidas por completo. Não quero terminar deixando a impressão de que estou a olha o final da vida de Norma com o falso moralismo cristão. Gostaria de terminar dizendo Norma parabéns! Marilyn não te dou os parabéns por que não sei como datar o nascimento de estrelas.



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