segunda-feira, 30 de maio de 2011

Frida (2002) DOWNLOAD



Durante dois anos e meio da minha vida (período em que durou o meu mestrado em História) me vi diante de uma constante pergunta: o que leva a um artista a produzir uma tela? Em minha busca por uma resposta encontrei diversos intelectuais que tentaram responder a esta, que talvez seja uma das perguntas mais antigas na história da arte, e mesmo diante de possíveis respostas , tal indagação continuava, e ainda persiste, em pulsar em minha cabeça em um constante dilema onde a emoção confrontava a razão, esta último elemento caríssimo a qual temos que pagar o preço imposto pelo meio acadêmico se quisermos ter validadas nossas opiniões.
Para alguns, o inicio desta  postagem, pontilhado por uma confissão "angustiante", parece não dar cabo de um texto que se propõe a falar de um filme. Porém se você ir até ao final talvez possa compreender-me e quem sabe compartilhar comigo dos sentimentos derramados nestas vagas linhas.
O filme Frida foi produzido em 2002 e depois de muitas especulações em torno da adaptação da vida da pintora mexicana para as telas. Lembro-me que muitas atrizes eram cotadas para o papel, o nome e Jennifer Lopez era o mais forte e ainda bem não ter sido ela! como o também o de Madonna, ainda bem duas vezes!, porém a escolha acabou por recair em uma conterrânea da personagem-título: Salma Hayek. Falaremos dela mais para frente. Frida, não é um filme revolucionário ou de personalidade gritante, como se esperava que fosse devido a figura de Khalo, isso não significa que o filme seja apático. Gosto de adjetiva-lo como didático. A biografia da pintora é contada de forma linear, apesar de iniciar já com uma cena de seus últimos momentos, permitindo aos que não conhecem a sua história familiarizar-se com os acontecimentos responsáveis por estruturarem sua obra: o acidente, os diversos abortos, o seu definhar e o seu amor por Diego Rivera, que obviamente é um dos principais elementos de sustentação do roteiro. Seu teor didático é potencializado pelo o constante uso de obras da pintora que se intercalam a narrativa, nos dando a sensação de estarmos folheando um guia Frida para iniciantes. 
Porém se faz necessário ressaltar que as imagens aparecem diante dos nossos olhos de uma maneira especial ao ponto de chegar a beirar a originalidade em um processo de simbiose onde os elementos pictóricos se misturam aos cenários interpretes, o que confere  belos momentos ao olhos de quem assiste. Talvez esta imbricação entre as obras com os diferentes elementos do filme, só funcionaram graças a fotografia do filme marcada pelas cores vivas da cultura mexicana, o que não poderia ser diferente afinal as múltiplas identidades de Frida Kahlo, a mulher, a amante, a artista encontravam-se fortemente enraizadas na cultura do seu país, lhe garantindo a alguns olhos uma aparência folclórica isenta de "estrageirices".

Se descrevo o filme como "didático", estendo tal categorização as suas atuações. Salma Hayek conseguiu seu melhor desempenho, em uma carreira marcada por filmes insignificantes, o que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de melhor atriz. Sua interpretação é correta, muito favorecida pelo excelente trabalho de maquiagem e figurino, porém não chega a ser triunfal. Traços da atriz parecem se envolverem com o personagem, sobretudo na fase jovem de Frida, o que não garante com que ela segure os poucos olhares que lhe conferem um "fridiano". O mesmo pode ser dito de Alfredo Molina como Diego Rivera também correto, mesmo em alguns momentos um pouco caricato.
Retormando ao nosso início, Frida, me é um filme querido, por me fazer sentir que um dos caminhos ao qual talvez devemos seguir para entendermos como os obras são produzidas. Sentimentos, durante muito tempo desrezados pela comunidade acadêmica, começam a ganhar espaço em nossas análises sobre obra e criador, tornando-se muitas vez indissociáveis pensarmos em ambos sem tentarmos resgatar de alguma maneira experiências vividas. Frida Kahlo pintou suas experiências, amores, dores... pintou sua vida. Suas telas gritantes, nos convindam, nem sempre, a compartilharmos de tudo isso. Se você não a conhece ainda pode começar pelo filme... é uma boa alternativa.

 
Tamanho: 515Mb
Gênero: Drama/Romance/Biográfico
Formato: Rmvb
Qualidade: Dvdrip
Audio: Inglês
Legenda: Embutida
Ano de Lançamento: 2002
 

Um comentário:

  1. sempre quis ver esse filme, mas sempre esquecia de baixar.
    Obrigada por lembrar rs :D

    p.s. vi que você gosta de Adele, já tinha ouvido falar dela, mas ainda não tinha dado uma chance(petulância a minha haha). Estou ouvindo o'21' agora, muito bacana, Rolling in the Deep, Set Fire to the rain e He won't go foram as que mais gostei.

    ResponderExcluir

Compartilhe...