Impossível para de ouvir! E o pior que Lana Del Rey só lançará seu primeiro EP (pelo menos primeiro como Lana, por que antes de assumir a persona Del Rey nossa estilosa lançou um albúm que passou batido e ninguém a notou) no final de janeiro. Apesar da fórmula look vintage + música indie já estar batida, Lana consegue chamar nossa atenção pelo bom gosto de sua música e pelo seu visual retrô chique. Vale a pena aguardar. Por enquanto vamos nos contentar com os singles que a moça vem soltando na net...
Na folha.com saiu uma reportagem sobre Lana. Confira abaixo na íntegra:
CAROL NOGUEIRA
Na folha.com saiu uma reportagem sobre Lana. Confira abaixo na íntegra:
17/10/2011
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10h01
Lana Del Rey faz sucesso com duas músicas e muita polêmica
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Lana Del Rey é uma espécie de Nancy Sinatra gângster e sua música é o
equivalente sônico a um filme de Vincent Gallo". As frases poderiam ter
sido usadas por jornais e revistas para descrevem a cantora
norte-americana em ascensão, mas vieram "com o pacote". Fazem parte da
extensiva estratégia de marketing da moça de 24 anos, antes conhecida
como Lizzy Grant.
Primeira polêmica: há alguns meses, ela admitiu que o nome foi escolhido por ser considerado mais chamativo pela gravadora. À Folha,
no entanto, a explicação dada foi outra. "Não escolhi o nome por razões
específicas. Sempre gostei de 'Lana' e tinha um amigo com o sobrenome
Del Rey na Flórida", disse a cantora, por telefone.
Não leva mais de três cliques para descobrir, no Google, que Grant, que
diz ter crescido ouvindo hip hop, fazia shows em lugares bem underground
de Nova York antes de se tornar a próxima sensação da música e ser
comparada com Stevie Nicks, Fiona Apple e Cat Power. Mas nenhum sucesso
rápido vem fácil.
Divulgação | ||
A cantora Lana Del Rey, que faz sucesso na internet |
As críticas surgiram tão logo Lana despontou na rede, quando publicou no
YouTube um vídeo com recortes de filmes antigos --que ela mesma diz ter
feito-- para a música "Video Games", lançada como seu primeiro single
só na semana passada, após ela assinar com a gravadora Interscope
(Universal), a mesma de Lady Gaga --o disco está previsto para 23 de
janeiro, segundo a Amazon.com.
O vídeo, no entanto, já teve quase 2,5 milhões de visualizações no
YouTube desde agosto. "Se eu fiquei surpresa? Na verdade, fiquei
assustada em ver a repercussão. Faço shows há sete anos e nunca ninguém
ligou", diz.
De fato, a repercussão é ótima para uma cantora independente. Mas nada
perto do sucesso da garota de 13 anos Rebecca Black, por exemplo, que
teve 15 milhões de visualizações em apenas uma semana no começo desse
ano. É daí que vem a segunda polêmica: a comparação com Rebecca pode
soar estranha, mas surgiu após Lana conquistar fama sem ter lançado um
disco ou sem fazer um show sequer, exatamente como Black.
Apesar de Lana ter mais de 10 apresentações marcadas com ingressos esgotados, sua turnê só começa no dia 4 de novembro em Manchester, na Inglaterra. Atualmente, Lana mora em Londres. Mas o burburinho começou em Hollywood, onde seu visual "cinematográfico" fez sucesso. "Muita gente pensa que sou de Los Angeles, mas nasci em Nova York", diz.
Apesar de Lana ter mais de 10 apresentações marcadas com ingressos esgotados, sua turnê só começa no dia 4 de novembro em Manchester, na Inglaterra. Atualmente, Lana mora em Londres. Mas o burburinho começou em Hollywood, onde seu visual "cinematográfico" fez sucesso. "Muita gente pensa que sou de Los Angeles, mas nasci em Nova York", diz.
Terceira polêmica: embora "Video Games" e o lado B "Blue Jeans" sejam as
únicas músicas de Lana Del Rey até agora, não são as únicas de Lizzy
Grant. Ainda com seu nome verdadeiro, ela lançou em janeiro do ano
passado um disco produzido pelo renomado David Kahne, que já trabalhou
com o ex-beatle Paul McCartney e os Strokes. Misteriosamente, o álbum
foi retirado do iTunes assim que ela adotou o novo nome --uma mudança
vista como controversa por jornais como o britânico "The Guardian", que
aposta que tudo faz parte de uma grande estratégia de marketing
conspiratória paga por seu pai, Rob Grant, um empresário bem sucedido
nos EUA.
"As pessoas veem maldade em tudo. Nesse disco, eu já havia usado o nome
'Lana Del Ray' [com 'a' mesmo] como título. Eu só o tirei de lá porque
quero que as pessoas prestem atenção em minhas novas coisas", diz.
Há alguma possibilidade de ele ser lançado de novo? "Se há?", pergunta a
cantora, enquanto espera a resposta de alguém da gravadora na linha
(algo constante durante a entrevista, mesmo para perguntas pessoais).
"Sim, acho que sim", responde.
Dá para notar que controvérsia é praticamente o nome do meio da moça. E
tem mais. Antes de adotar o nome Lana, Grant era bem mais cheinha e
usava cabelos platinados e curtos --passava longe da imagem de gostosa,
parecendo mais irmã gêmea de Kelly Osbourne (a polêmica filha de Ozzy).
Porém, o que mais chama atenção depois da transformação não são os
cabelos compridos e ruivos ou a magreza digna de top model, mas sim sua
boca "siliconada", digamos. Ela nega ter feito algum retoque. "Nunca fiz
nada, nenhuma cirurgia plástica", jura.
Outra polêmica levantada por sites como Pitchfork e Huffington Post é
que Lana teria sido financiada pelo dono de uma gravadora com quem ela
teve um caso. Quando a reportagem trouxe o assunto à tona, a ligação foi
interrompida pela gravadora. "Acabou o tempo".
Depois de tanta controvérsia, há uma certeza: seja lá qual for a história verdadeira de Lana Del Rey, agora pouco importa.
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