domingo, 6 de junho de 2010

Maria Gadu em Recife 05/06/2010


Texto: Bruno Garcia
Fotos: Paulo Henrique


Ontem (5) o palco do Chevrollet Hall recebeu a música e o carisma da Maria Gadú e do Jorge Vercillo. Com um atraso já característico dos shows da casa, Maria Gadú aparece para o delírio do público. Um show simples, com cenário aproveitado do espetáculo de Vercillo, mas com a surpresa da iluminação local que passou a sutilmente dialogar com a apresentação.



Gadú visitou quase todos os sucessos de seu primeiro cd tão largamente cantado, passeando firmemente através de músicas como Encontro, Bela Flor, Dona Cila, Lounge, A História de Lily Braun, Tudo Diferente... Mas também houve momentos de pequenas grandes surpresas musicais. Em primeiro ponto, a emocionante interpretação de Lanterna dos Afogados (que faz parte do setlist oficial da turnê) parece um grande agradecimento da artista ao seu público, levando em consideração que muitos a conheceram através do Som Brasil Paralamas.


Destaca-se a recorrente presença do Leandro Léo, que não só dividiu os vocais em Laranja, mas surpreendeu a todos com um dueto em Rosebud (O verbo e a verba). Um verdadeiro presente a todos os pernambucanos. Outros momentos interessantes do show foram os números já conhecidos pelos seus fãs nos vídeos do Youtube. Covers de Alanis Morissette, Fiona Apple, Noel Rosa com citação de Amy Winehouse, Demônios da Garôa são pequenas amostras da grande versatilidade da cantora.


Em um dos momentos finais da apresentação, outra surpresa já vista em shows anteriores, mas não aqui em Pernambuco: um dueto da Maria com Leandro para a música Jack Soul Brasileiro. Um show forte, emocionante e com aquele gostinho de quero mais.


Algo bastante provável, principalmente se levarmos em conta o quão à vontade a Maria estava em palco pernambucano.





Jorge Vercillo foi o responsável pelo show principal da noite. Bastante aguardado pela sua legião de fãs, trouxe a sonoridade do seu mais recente CD (DNA, 2009) de uma maneira segura e feliz. Apresentou números importantes do álbum mais recente como Há de Ser, Me Transformo em Luar e Arco-íris; mas não se esqueceu de rechear o espetáculo com clássicos anteriores como Invisível e Toda Espera, além das previsíveis Que nem maré, Monalisa e Homem Aranha. Os duetos com Dudu Falcão e Maria Gadú foram um show a parte, levando a platéia à loucura com Paciência, Melhor Lugar e Coisas que eu sei.

A releitura de Fênix foi um dos pontos altos da noite, a sonoridade conseguida pela banda encantou e emocionou a boa parte do sensível público. Ao término do show, surpresas antigas: Encontro das águas, cantada pelo público lembrou muito o encerramento da turnê Memórias, Crônicas e Declarações de Amor da Marisa Monte. Simplesmente extasiante. E o bis... Avesso, Penso em ti e Mandala para agradar a todos os presentes. Um show memorável e que traz doces lembranças

Balanço final: uma dobradinha competente. Espera-se que boas combinações como a presenciada na noite de ontem se repita na cidade mais musical do Brasil.

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